12 de outubro de 2011

questão ontológica





I Coríntios 14:11 Ora, se eu não conheço a força da linguagem, serei como estrangeiro para aquele que fala, e aquele que fala será um estrangeiro para mim.


estrangeiro
extranjero
barbaro
barbare
étranger
barbarian
foreigner
barbarus
βάρβαρος


O termo grego βάρβαρος (bárbaro), que significa o não-grego, ganhou várias traduções nessa passagem bíblica. O estrangeiro, o bárbaro, se tornou aquele que não é, diferente de Deus (e sua descendência), que é aquele que é:


Êxodos 3:14 Deus disse a Moisés: "Eu sou Aquele que sou". E continuou: "Dirás assim aos filhos de Israel: 'Eu Sou enviou-me a vós'".


Nessa passagem do Êxodos aparece o YHWH, o nome impronunciável, "o nome", "Ele". Muitos defendem que Ele seja a constância, enquanto "o outro", "o cujo", "o coiso", o sem nome seja o oposto: o acontecimento, ou mesmo "o encontro". Tem quem defenda o contrário, que YHWH seja na verdade o movimento, o Verbo. Todavia, se não é, é aquele que será. O primeiro tem o nome impronunciável, por impotência nossa. O segundo ("o segundo") não deve ter seu nome pronunciado, mas para evitar riscos, quando do "encontro". Mesmo que seja um encontro pretendido, ao invocá-lo em benefício próprio à meia-noite na encruzilhada. Pois ele, em minúscula (a maiúscula é primazia do Pai) é o phármakon, o ambínguo, o "tinhoso" suplemento que se deve evitar. Ruim ficou para o bárbaro, o estrangeiro, o selvagem, o outro: caíram para o outro pólo, daquele "que não se diz o nome". Esses "nunca serão" nunca!, segundo o Capitão Nascimento.

E foi aí que a putaria começou a rolar no mundo.
No mundo.


YHWH é Javé, é Jeová, é Jah (hallelu Yah).
Na cabala é 26.
No jogo do bicho é Carneiro.


Ding ding ding ding ding ding di...