Ao chegar à página 123 do livro A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX, de James Clifford, qual não foi a surpresa ao encontrar esse estranho bilhete. De ônibus, de metrô, de bonde? Intermunicipal, intramunicipal? De que ano, de que década, de que século? O telefone talvez nos dê uma pista. Mas quem teve a posse desse bilhete, o teria usufruído? Teria lido a respeito de Conrad e Malinowski? Teria lido Conrad e Malinowski? E por que estariam grifados escrita e experiência, dois temas tão caros a mim ultimamente? Aquele (ou aquela) que os grifou, qual relação teria tido com o bilhete? E com os autores? Porventura os leitores? Veio de onde, foi para onde? Conjecturas, conjecturas... nada conjuntas, incongruentes? E qual não é a singularidade da página também: 123, como o prenúncio de um evento qualquer: 1, 2, 3... e ? O trem partiu? O dia acabou? A luz apagou? A festa acabou? O povo sumiu? E agora, José?
Alvorada...
Eu passarei o mistério adiante. Na escritura da experiência; na experiência da escritura.
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