8 de agosto de 2011

dança selvagem


Corta Jaca, Tango Brasileiro (C... por cimusfilms

"[...] Aqueles que deveriam dar ao país o exemplo das maneiras mais distintas e dos costumes mais reservados elevaram o corta-jaca à altura de uma instituição social. Mas o 'Corta-jaca', de que eu ouvira falar há muito tempo, que vem a ser ele, Sr. Presidente? A mais baixa, a mais chula, a mais grosseira de todas as danças selvagens, irmã gêmea do batuque, do cateretê e do samba. Mas nas recepções presidenciais o 'Corta-jaca' é executado com todas as honras da música de Wagner, e não se quer que a consciência desse país se revolte, que as nossas faces se enrubesçam e que a mocidade se ria!"

(Rui Barbosa proferiu essas palavras na tribuna do Senado, em 1911, para o então presidente Hermes da Fonseca. A "Águia de Haia" ficou chocada ao ver Nair de Teffé, mulher do presidente, tocar a música de Chiquinha Gonzaga ao violão em uma festa no Palácio do Catete, in WERNECK, Humberto, "Santo Sujo", p.52)

Praticamente o mesmo que seria dito pela Veja se a Dilma colocasse um funk pra tocar no Palácio da Alvorada.

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