27 de julho de 2009

estranhamente humanos


Havia (des)comentado recentemente que gatos são estranhamente humanos, talvez por influência de Burroughs. O fato é que na última sexta o Montito foi protagonista de uma dramática cena de ciúmes. Mais humano, demasiadamente humano que ele, naquele dia, impossível. Não quero dizer que ciúmes seja o diferencial humano nesse caso, não é isso. Há outras cenas mais humanas que ciúmes, inclusive para um gato. Mesmo nessa foto, em que ele parece ou fazer pose de pensador, ou uma expressão de D´oh!, não foi tão humano quanto nesse memorável dia, em que ele mais parecia uma mulher histérica saída de um conto do Nelson Rodrigues do que um gato propriamente falando. Aliás, só faltou falar: ele miava desassossegadamente, de um lado para o outro, inquieto. Mordia ora um, ora outro. Chegou até a arremessar, abocanhando nossas pernas! No fim, tivemos que nos afastar: nós para um lado – da porta – e o gato para o outro.

Humanos, estranhamente humanos...

Nenhum comentário: