9 de julho de 2009

l´écriture automatique de uma noite insone

Sono. Muito sono. Sibilante assovio assoprou. Meias vermelhas. Xadrez. Meias verdes. Losango. Uma porta roxa se abre. Um gato de vidro caminha sobre um tapete laranja. O globo estourou, e os cacos transformam-se em flores. Milhares e milhares de botões começam a estourar. Uma enxurrada vem lavar esse lago de pétalas. Tudo vira chá. Estamos numa xícara. O redemoinho começa. Aparece uma colher. A mulher voltou. Somos tragados pelo redemoinho. Não há fundo, não há fuga, não à fuga, não, a fuga! Ondas de chá.

A onda passou, lavou, passou, lavou, rejuvenesceu. E era doce...

Um comentário:

paula; disse...

Sempre passa..

& fica.